28 de novembro de 2011

29 de outubro de 2011

Desabafo nacional

Gostaria de compartilhar esse belo apelo aos amantes à camisa brasileira. Este vídeo mostra o que cada um de nós gostaria de dizer sobre o esporte em nossa nação: a elevação do futebol masculino, atletas esquecidos e uma profissão que deveria ser lazer a esse povo que sente a vibração da vitória ou as lágrimas da derrota. Vale a pena assistir e pensar no amor que dedicamos a algo que sai caro para quem quer seguir rumo e sem valor aos cofres públicos (ou bolsos políticos). Vamos honrar nosso esporte e valorizar uma nação que grita unida por um Brasil mais justo!


22 de outubro de 2011

Não Existe Amor em SP

Ouvi poucas vezes a música do Criolo "Não Existe Amor em SP", mas me comoveu, me convenceu. Num mundo tão barulhento e cinza como existiria amor. Onde na vida rotineira de andar na rua o "com licença" virou "sai da frente" e onde os muros pixados gritam pedindo um pouco mais de amor. Onde o desrespeito impera entre os moradores do mesmo lugar e ainda começa logo de manhã. Mas e ai na sua cidade ainda existe amor?

5 de outubro de 2011

Manuscrito de um louco


"Eu sou o que se pode chamar de pessoa atípica. Sou louco. E acho saborosa essa ideia. Ser observado como que em grades por olhos perversos, mal sabem eles que ofertam o prazer da masmorra gélida e cheia de mistérios. Mas eu já fui louco solto na vida. Já ri muito entre os homens e os fiz chorar sem que soubessem que eu era a causa das lágrimas. Eu sou louco. Mas vocês, ricos de bolso e pobres de ousadia, não sabem quem são os loucos reais. As grades das tuas celas são feitas de convenções e os olhos casmurros de "amigos" desconhecidos. Eu sou livre em minha própria consciência de louco, que não sente peso ou arrependimento. Vocês aceitam a loucura com seu cheiro fétido em cada esquina. E quando conseguem alcançar a minha alegria de devaneio, a perdem tentando manter os pés no chão. Me expliquem então: de que vale a tua felicidade racionalizada? De que vale o cantar do vento se você se tranca no quarto? E a bela natureza, que vocês representam em arranha-céus? E eu descobri o que acho de tudo isso. Dentro da minha própria loucura eu encontro a sanidade da alma. Por quê? Eu aprecio cada momento com deleite e me arrisco. Meus pensamentos não se trancam e não vivo a guerra dentro do peito. Eu faço-a no exterior da carne. E você, meu amigo, pode saber o que é isso. Venha partilhar de minha loucura e te mostro meus manuscritos mais verdadeiros que suas revistas rotineiras. Quererá você abandonar o medo e sair das amarras? Quem sabe. Só tenho a certeza da vida e da morte. E, claro, de minha alegre loucura."

Texto baseado em um trecho da obra "As aventuras do Sr. Pickwick, de Dickens. Devo explicar o sentido deste texto estar no cotidiano. Não, leitor, não sou louca. Ao menos, não de todo rs. Mas acabei tendo uma nova visão de "loucura" após ler este manuscrito, presente na obra. Acredito que muitos de nós acabam por criar idealogias errantes, e condenamos sem compreender o que o próximo vive. Enfim, acabei chegando à seguinte conclusão: tudo na vida exige uma pitada de loucura, pois se você não arrisca acaba estagnando. E, na minha mera opinião, não há nada mais chato do que a mesmice!
Até a próxima, leitores cotidianos!


1 de outubro de 2011

Sábado ocioso que até parece domingo. O amigo de infância vem aqui, assistimos tv e ensaiamos. Comer porcaria, e se afundar no sofá. Assistir Luciano Huck e rir das coisas absurdas da televisão brasileira e esperar o dia passar, simplesmente esperar. E quem sabe amanhã o dia não é mais interessante? 


Pra combinar com o dia ocioso ai vai uma musica da banda "Vivendo do Ócio" rs http://www.youtube.com/watch?v=2er0_hnWJM8

28 de setembro de 2011

Doce amargo

Hoje quis tirar um tempo pra mim. Depois de um dia turbulento e uma noite mal dormida, eu precisava de um descanso. Antes de tudo, tive carência de pensar. Depois só me restou o tédio. Como sou o tipo de pessoa que não consegue ficar parada, resolvi fazer um bolo. E olhem só que beleza que ficou:
Obrigada aos que me proporcionaram um dia tão amargo ontem, pois hoje eu adoço minha vida com o resultado de suas infantilidades!
Bon Appetit!!

27 de setembro de 2011

Antes de tudo, assistam isso: 


Pois é, tem seu lado humorístico, mas tudo o que foi dito é verdade. Eu estava no twitter e vi um RT da @Penenlope_Nova para o @estadão, cliquei e me impressionei. Um estudo britânico revela que o uso das sacolas EcoBags são mais prejudiciais ao meio ambiente do que as sacolas plasticas. Na hora eu me assustei mas continuei a ler e vi que tudo fazia total sentido. As ecobags na maioria dos lugares são usadas como produto de venda, a maioria dos supermercados a usam para vender mais um produto e assim iludidos nós consumimos mais. Agora eu paro e penso, mas o problema do mundo não é o consumismo? Pois é. Cada vez que usamos a ecobag nós deixamos de utilizar algo que é retornável. Porque como ali no vídeo mesmo a sacolinha plastica serve para "n" coisas além de embalar as coisas. No lixo, pra ajuntar o cocô do cachorro, para transportar coisas e até proteger da chuva,rs. Então gente o que vale mais a pena no fim das contas eim? 

26 de setembro de 2011

Menina dos olhos

Olhos.
Não importa como ou quando.
Desde que exista a verdade neles.
Castanhos e profundos,
Cheios de candura ou marcas do passado.
Azuis com brilho encantador
Ou quem sabe verdes, cheio de suspresas ingênuas.
Mas sempre os Olhos.
Podem ser marejados de lágrimas, pedindo apoio
Ou úmidos de riso.
Eu agradeço pelos olhos
Pois quando menos espero, eles me surpreendem
Me lembram momentos
Livram julgamentos
Amam sem saber amar
As vezes matam esperança,
Também sabem magoar.
Mesmo porque onde há luz, há sombra.
Ainda assim, sempre os Olhos.
E que venha a rotina
Com suas milhares de formas e sentidos
Viverei a metamorfose da vida
Mas serei eterna menina aos olhos do mundo.

25 de setembro de 2011

Doux Souvenir

  Acredito que não exista uma fórmula que possa trazer a felicidade. São nossas atitudes em momentos de dor ou alegria que mostram o quanto aproveitamos da vida. Não importa se agimos como patetas ou chatos. Se não estamos de bom humor ou se acabamos tendo crises de riso em momentos proibidos. O que realmente importa é a verdade de nossos atos. Precisamos manter a espontaneidade, sem analisar os pormenores e consequências. Cantar no chuveiro sem ligar para quem te escuta, sorrir do nada apenas por lembrar um momento, dançar com fones de ouvidos, desafinar, tropeçar ou corar sem motivo. Não podemos nos arrepender das idiotices a curto prazo, porque a lembrança vai ao longo da vida. E dessa eu não abro mão. Você deveria fazer o mesmo, leitor cotidiano.
"Se a vida é pra moldar, faço dela marzipan"
(felixbravo)

21 de setembro de 2011

Ritos de Passagem.

Nascimentos, a primeira aula da escola, a última, o vestibular, a faculdade, o casamento, o primeiro emprego, a aposentadoria, a morte.  E no meio disso ainda tem, divórcios, filhos, viagens, mudanças, netos e percas.
Coisas que todos nós vamos ver durante a vida, e que temos que saber admirar a beleza de todas elas. Todas elas.

14 de setembro de 2011

Felicidade derradeira

 Ele é um garotinho de aproximadamente 5 anos. Gordinho e rosado. Tem olhinhos pretos e rasgados. Todas as manhãs a felicidade pueril canta aos ouvidos de todos que presenciam suas brincadeiras à caminho da escola. Suas gargalhadas sonoras e sua voz fininha, aquela de criança que encanta. Não pude evitar observá-lo nesta manhã em especial. Fui tomar meu assento na van e ele estava sentado no último banco. Olhou-me com carinha de inocente e deu um sorriso gostoso de "Bom Dia!". O dia para mim havia começado com um tom de turbulência, mas ele me fez olhar pra manhã nascente e descansar o cenho. Ouvi minhas canções e pude vê-lo descer da van e sair aos saltinhos para entrar no colégio. Me despedi mentalmente e pensei em como gostaria de ver uma pessoa adulta com aquele mesmo sorriso. Mas logo desisti da ideia, devo manter os pés no chão.
  No entanto, o que mais me deixou curiosa foi o seguinte fato: em que momento de nossas vidas acabamos por perder esse brilho especial? Quando as coisas mais pequenas passam a nos interessar menos? Não me lembro de como isso aconteceu comigo. Mas sei que hoje eu vi, que apesar de o mundo parecer nublado e medonho as vezes, conheceremos pessoas que farão dele um lugar mágico. Por menor que seja o tempo, deixarão nossos olhos livres pra olhar com candura e, sem qualquer palavra que seja, poderão tirar-nos do abismo que é a rotina para àqueles que não se atém aos detalhes. 
  Acredito que meus olhos buscam essas pessoas. Não porque me é difícil enxergar os detalhes bonitos da vida, mas porque em algum momento de trevas, aqueles sorrisos e olhares vão me livrar da dor. Eles têm o poder de me chacoalhar e ajeitar a confusão que vive dentro de mim. Por mais ínfimo que seja o segundo, minha eternidade é feita da junção de todos aqueles momentos. E isso, para mim, se chama felicidade derradeira.

10 de setembro de 2011

Metamorfose

Mudanças também fazer parte do cotidiano. Mudança de casa, emprego, escola, amigos, de vida. E no meu cotidiano aconteceram muitas mudanças. Sabe aquela vida monótona e pacata? Que as tardes são de tédio, as manhãs são sonolentas e as noites são dorminhocas. Pois bem, essa vida acabou. Transformei tudo isso em alegria. Claro que ainda existem os dias em que eu tenho sono de manhã,  tédio a tarde e simplesmente durmo a noite. Mas tudo se tornou mais divertido, mais limpo e mais suave. Agora eu sei o que é amar tudo isso. As coisas foram mudando aos pouquinhos e quando vi cá estava eu ao lado da nossa outra autora Lorena vivendo uma tarde ótima, o que a um tempo atrás julgávamos inviável e quase impossível. As coisas mudaram rápido e começaram assim: Um melhor amigo que se tornou um namorado. Depois um descobrir de quem eu era, sou e posso ser. Após, uma enorme perda. E junto com a perda a depressão, e está custou a passar. Eu não queria deixa-la ir, mas ela foi. E enquanto ela ia eu só ganhei . Ganhei amigos. Ganhei irmãos. Ganhei família. Entendi as reviravoltas da vida. Cresci. E admiti, que sim sou uma adolescente de 16 anos com limitações que não tem o mundo nas mãos, mas que sonha. E como sonha. Eu cresci e admiti minha criança. E hoje ao me olharem uns e outros dizem: "Olha essa cara de criança sapeca que você tem!". E tenho mesmo. Eu amo sorrir. Eu amo rir. Eu amo cantar. Eu amo expressar. Eu amo viver. E só agora eu aprendi o que é isso. E isso se mostra no meu bom dia de manhã, e no obrigada ao anoitecer. E se mostra mais ainda nos meus sorrisos quando reconhecem que eu agora sei viver. No sorriso que eu dei quando no meu aniversário pensaram em uma festa surpresa, e quando a meia noite do mesmo dia eu fazia as pazes com quem havia brigado, e quando eu vi quem eu não via a um inverno, mas que agora eu vou ver em toda a primavera. É eu vou sorrir. Porque isso agora é mais do que parte do meu cotidiano. Sorrir, Rir, Cantar e Viver é o resumo de mim mesma para você.

2 de setembro de 2011

Seis dezesseis...


Ela é espirituosa e criativa. Uma artista de corpo e alma. Uma criança que transparece a cada passo! É aquele tipo de pessoa que ou você ama ou você odeia, jamais um meio termo. De sorriso fácil e gosto por ironia, ela ama fazer alguém feliz. Agora ela aprendeu a sorrir pra si também, e eu agradeço por isso. Mas quando ela chora, o mundo desaba sob minha cabeça. Isso porque ela sempre chora longe de mim, e não consigo abraçá-la ou lhe embalar, fazendo a dor ir de mansinho pra longe de nós.
Ela foi a pessoa que se manteve comigo, ainda quando não podíamos estar perto. As pedras do caminho não nos impediram de caminharmos de mãos dadas, mas nos fizeram crescer juntas neste pouco período de mudanças drásticas. Hoje quando olhei nos olhos dessa moça, vi um mundo de alegria. Nada parecido com o que vi em junho, quando nos encontramos pela última vez. Não pude conter os sorrisos que me afloravam nos lábios, ou a ansiedade de querer falar tudo e nada. Só querer estar ali. Ah, também descobri que ela é meu antídoto!
E eu sei que não consigo colocar em palavras o quanto você me fez feliz nesse dia. O meu presente jamais poderá se comparar com o que ganhei: você voltou! Sorrindo de todo, com seus pulinhos espivitados e seus cabelos desengranhados. Ainda bem!
Ingrid, Grid, wunderkind, minha flor, minha "siuuper" amiga...Eu te desejo um mundo de vida. Cheia de sensações, de todos os gêneros. Quero partilhar da tua realidade e de teu sonho, sorrindo ou chorando, mas junto de ti. Saiba que jamais vou deixá-la a esmo. Estarei aqui, para te ver crescer e completar mais aninhos de vida. Não deixarei de te contar minhas piadas horríveis, isso é de minha personalidade...E é bom te ver sorrir, por mais idiota que se fassa minha palavra.
Só posso te pedir que seja feliz, para que eu possa, no futuro, lembrar do seu all star riscado, aquele que vi no primeiro dia de aula. Pois hoje, quando te olhei em silêncio, lembrei de quem eu fui outrora. E vi um passado não tão distante, mas com muito de diferente. Se eu mudei, é porque a vida me ensinou o bastante para me permitir a mudança. Mas não posso esquecer das suas palavras nas horas desespero,e de sua preocupação com relação ao meu despertar para a vida.Ainda estou meio tonta, mas estou feliz. E eu sei que continuarei completando metamorfoses, variando entre lagarta e borboleta que voa livre na vida. Mas o amor, permanecerá!

27 de agosto de 2011

Pessoas vem pessoas vão. E eu estou aqui. Eu vou e venho também, e faço isso sem medo. Mas agora eu tenho medo do que foi. Tenho medo sobre não saber se vai voltar. Eu Ingrid uma das autoras desse blog a vida toda tive uma dificuldade imensa em fazer amigos. Sempre fui chatinha e seletiva. Não ia com a cara de uns e outros e isso era reciproco. Pois bem tive amigos, e hoje eu tenho amigos, poucos, mas os melhores. Mas um deles foi embora e está doendo tanto. É uma coisa meio assim, Eu o adoro e acho ele foda, mas só quando foi embora eu fui perceber. Fico pensando agora se fosse com os meus outros amigos. Se fosse com meu namorado. Com meus pais. Esse meu amigo volta, é apenas uma viajem de 4 meses. Mas vai faltar algo por aqui. E já falta tanta coisa ultimamente que meu cotidiano anda mais bagunçado que igreja sem padre. São pessoas amadas que não posso ver quando preciso, e pessoas amadas restritas a mim e as pessoas que estão a minha volta ainda não conseguem me acudir. Mas de qualquer forma, eu amo vocês. Vocês que se dispõem a ler esse texto, vocês que me deram palavras para escreve-lo e principalmente a vocês que estão citados no texto, mas com palavras eu ainda não consigo expressar o quanto eu queria que vocês fizessem parte física do meu cotidiano humano.




Texto especial para a outra autora desse blog Lorena Isabelle, Matheus e Djonny.

23 de agosto de 2011

O que ainda não faz parte total do cotidiano.

Música faz parte do cotidiano de todo mundo, eu acho. Seja no carro, no rádio, no MP3, no Ipod, no computador, em shows ou em qualquer outro lugar, cada barulhinho melódico que há no mundo pode gerar música. Mas o que ainda não faz parte do meu cotidiano, mas que em pouco tempo fará parte é a arte de um show. Fiz meu primeiro "show" no domingo, puro improviso. Tive 3 semanas pra ensaiar e preparar outros músicos que por sinal são meus alunos o que faz deles não serem profissionais. Uma correria que me fez abandonar a escrita de certa forma, tanto que meu ultimo post foi um desenho hehe. Mas cá estou eu escrevendo novamente e pensando no próximo e nos próximos shows. 


Ta ai um pedacinho mal gravado mas dá pra ter noção de como foi:

17 de agosto de 2011

Um certo lugar...

E quando nada disso mais bastar, haverá razão? Quando os questionamentos forem confusos o bastante para me fazer perder o raciocínio, existirá alguém pra socorrer? E se o pranto não cessar, alguém vai ouvir? Nesse estado de espírito agridoce, meio frio ou meio quente, bem certo ou muito errado...Será que em algum momento, por mais estranho que pareça, o ser humano consegue se encontrar na palavra dita sem intenção ou no gesto gentil de um estranho? Eu digo que sim.
Meus caminhos tortuosos me levaram ao que chamo de peculiaridade. Uma coincidência estranha, uma paixão comum, uma confusão de se invejar, umas prateleiras empoeiradas e belas, ao menos aos meus olhos. Uma biblioteca me faz viajar, me mostra gêneros diversos de seres. Meus pés tocam o assoalho e fazem um barulho estranho, olho ao redor e vejo uma coisa apenas: diversidade. Percebo o idoso que se sentou na parte mais iluminada para ler as letras miúdas (vejo amor antigo), vejo uma moça fazendo pesquisa com uma amiga (entendo necessidade e responsabilidade), percebo rostos conhecidos de passagem, mas não de convivência (lembro da rotina). A cada passo meu, uma nova percepção. Uma nova ideologia.
Silenciei e observei. Tentei me manter o mais neutra possível. Escolhi meus livros e segui novamente rumo ao balcão de baixa. Me assustei ao ver um sorriso bonito e certa gentileza amigável. Eu não podia sair de meu equilíbrio, eu estava quase lá! Mas uma conversa foi capaz de me fazer confundir a mente e depois retornar à terra firme. Palavras, frases, orações...Um intervalo de 10 minutos foi o bastante para me convencer a escrever meu cotidiano. Novamente!
Quando meu mundo pede ajuda, eu tento entender o próximo. Me esqueço que a maioria vê apenas a si, apesar do mundo vizinho estar ruindo. Naquela biblioteca aprendi que, apesar das diversidades, somos todos seres sensíveis ao olhar. A conclusão de cada um aos meus olhos foi diferente, mas todos trocaram um segundo de contato visual comigo e demonstraram um sentimento diverso. E quando eu, distraída no meu mundo, fui surpreendida por outro olhar, não pude evitar a reação. O que ele viu em meus olhos, não sei. Mas eu vi o que não enxergo nos olhos de muitos ao meu redor: curiosidade pueril. Se foi mais uma coincidência, também não sei. Mas foi bom poder partilhar esse momento ínfimo de descobrimento. Foi bom recuperar a razão com pura inocência do desconhecido. E agora me pergunto: atrás desses olhos castanhos, o que será que se passava? Talvez eu nunca descubra. Mas o momento aqui se gravou, na minha mente de Alice.

30 de julho de 2011

Um pouquinho da vida das autoras mas entre linhas, ou será fotografia.

Eu desde os 10 anos a Lorena acho que não faz muito tempo. Mas esse é um pouquinho do nosso cotidiano. A Lorena é por pura arte, eu é além de o amor da minha vida o meu trabalho!

28 de julho de 2011

O Cotidiano de uma Adolescente com Cólicas

Era pra ter sido tudo diferente hoje. Eu devia ter ido a escola, prestado atenção na aula de matemática, chegado em casa, almoçado, limpado a casa e ter ido na casa da @anacaroldp para ter aula de piano e ela ter tido aula de violão. Porém nada disso aconteceu. Eu mal preguei o olho a noite, consegui dormir as 3 horas da manhã e acordei as 6. Acordei e pensei "tenho que ir a aula", mas logo em seguida a dores provocadas pela descamação do meu endométrio tomou cota de mim e tive que me livrar do meu jantar. Fui na cozinha dei comida aos gatos tirei a chave da porta pra minha avó poder abrir a porta na hora que chegasse e esquentei água para me esquentar. consegui dormir as 8 da manhã, acordei as 10 com o dobro da dor. Tomei banho, tomei remédio, arrumei a cama e pedi para minha mãe fazer um floral para mim. Almocei quase nada, pois tudo o que entrava saia, lavei a louça e me joguei no sofá, eu e o notebook aqui. Então tive a ideia de assistir a seriados e escolhi o clássico e não tão recente "Sex And The City" assisti quase toda a primeira temporada e baixei filmes também.   Ou seja, hoje eu fugi do meu cotidiano. Tive um dia de férias em meio a minha rotina. E adorei. Apesar da dor eu tirei o dia pra mim. Não estudei, não trabalhei e nem me preocupei. Simplesmente vive o que tive vontade. Recomendo. E também percebi uma coisa, é só quando ficamos doentes ou doloridos que nós nos mimamos. Sem precisar do carinho alheio, mas nós nos curtimos. Nós temos a companhia de nós mesmo, e estar consigo mesmo era com certeza algo que fazia parte do meu cotidiano e por um tempo não fez mais. Porém gostei tanto de reviver isso. Portanto agora eu vou aceitar mais a minha querida Solitude/Solidão.

25 de julho de 2011

Quando faltam palavras, o sorriso!

Ontem parei para refletir se alguém, assim como eu, já pensou na morte de uma pessoa pouco conhecida mas muito querida. Acredito que muitos já. Mas o fato é que depois de um telefonema recebido lá pelo anoitecer de um dia qualquer, eu parei para pensar. Meu peito doeu fundo. Não era sobre morte que a pessoa do outro lado da linha falava, mas sobre a doença e a dor enfrentada por duas pessoas queridas por mim e minha família. Meus tios.
Um dia após esse dia qualquer (que não foi nem de longe insignificante) viajei rumo a casa de meus tios. Ao chegar lá, encontrei minha tia bem debilitada, mas usando de todas as forças para ajudar meu tio, que não conseguia sair da cama. Entrei no quarto com um sorrisinho meio bobo dançando nos lábios. Fui até o lado da cama de meu tio e disse, baixinho: "Tio, lembra do violão? Então, trouxe para o senhor ouvir o que já aprendi!". Ele de imediato abriu um sorriso bonito e pediu ajuda para sentar na cama, o que não fazia desde que saiu do hospital. Ajudamos ele a se sentar e me arrumei na cadeira para tocar "uns acordes". Meu objetivo era distraí-lo e mostrar que segui o rumo no qual ele mesmo me inspirou. Eu cantei a plenos pulmões e não percebi que ele havia fechado os olhos para melhor me ouvir. Quando estava para terminar a canção eu o olhei e senti me inundar algo que jamais havia conhecido antes: alegria pura e simples.
Para aquele momento eu não tenho uma só palavrinha que seja. Eu me aproveitei da alegria dele. E sei que jamais esquecerei aquele momento.
A tarde foi repleta de minhas canções de iniciante no violão, mas a voz me ajudou, confesso. Eu sorria de todo, assim como meu tio. Ele, assim como todas as vezes que o visitamos, tornou a me contar a sua história com minha tia. Cheia de peripécias e muito amor. Aquele amor verdadeiro e puro, que quando mesmo após 60 anos de casados, ainda assim olham-se com ternura. Onde aquele rapaz transparesse no olhar de homem senil, mas de boa memória. Ele finalizou a história olhando para minha tia, que estava na porta do quarto, e sorri alegremente. Torna a me olhar e diz: "Ela foi a melhor coisa que já me aconteceu. Eu a amo e agradeço todas as noites a Deus por ter me permitido uma vida ao lado dela". Sei que jamais conseguirei imaginar um sem o outro, pois se completam de todo. Esse sim, é o amor verdadeiro. Que ultrapassa os limites da razão humana. Esse sentimento é sentido por todos ao redor. Sentimento que talvez minha juventude não seja capaz de conhecer. Mas a história de ambos ficará para um outro "dia qualquer, mas de importância", mesmo porque, hoje, eu queria contar meu cotidiano. A felicidade que compartilhei com uma pessoa que agora me é bem conhecida, e extremamente amada. Meu tio, por partilhar aquele sorriso com uma pobre descrente, que agora crê, ao menos nos sorrisos de olhos fechados.

21 de julho de 2011

O Cotidiano Humano de Uma Tarde Chuvosa e Fria da Minha Querida Curitiba Durante as Férias


Em uma tarde sem o que fazer existe algo melhor do que uma bebida quente e coisas gostosas para comer? Imagine caro leitor, você deitado no sofá com uma coberta, assistindo a um bom filme, rindo ou chorando dependendo do gênero, e tomando algo quente para se esquentar e comendo coisas que você adora. Então eu recomendo esse cotidiano para todo mundo!

20 de julho de 2011

Dia do Amigo


Justificamos o inquestionável, e questionamos o injustificável. Damos condições ao afeto e deixamos correr livre o dissabor. A amizade não cabe em palavras, cabe em olhares. Ela se demonstra com o abraço apertado que dura uma vida inteira. Definição: "Sentimento fiel de afeição, estima ou ternura entre pessoas que não são parentes ou amantes". Cabe uma vida dentro dessas orações. Um olhar entre amigos diz muito mais do que esse infinito de gramática. Você já parou para pensar no seu mundo sem amigos, leitor?

Concordemos que por inúmeras vezes nos enganamos com relação às amizades, mas se houveram ranhuras, elas não eram puramente amizades. Amizade verdadeira é aquela em que ambas as pessoas se sentem seguras perto uma da outra. Onde o amor supera as expectativas e as brincadeiras superam as regras tradicionais. Como eu sei disso? Eis aqui como aprendi o valor do amigo:
Quando os olhares se cruzam e sabemos que a gargalhada será inevitável. Quando o colo é a única maneira de curar a dor passageira. Quando o abraço dura mais de um minuto, e ainda é pouco. Quando a saudade aperta no peito, mesmo que a distância seja mínima.
E por fim: quando você não pode imaginar o mundo sem aquela pessoa, que por mais irritante ou perfeita que pareça você sabe que jamais poderá ser substituída!

A vida nos dá presentes diariamente. Ela nos proporciona um dia de cada vez para ser vivido de maneira inovadora. Com o tempo, que é curto para alguns, pode-se aproveitar para mudar o prisma. Eu ganhei meus presentes e guardo aqui no peito a lembrança de cada um. Mas como a vida também é arteira, me deixa sentindo a falta dos meus presentinhos divinos. É assim que eu percebo a brisa batendo em meus cabelos e refrescando meu dia, os pássaros cantando a beira da janela e a canção que insiste em continuar em minha cabeça. A minha tertúlia me trouxe paz e felicidade. A vida deu-me a chance de agradecer. Obrigada meus amigos, pelas piadas e pelos conselhos. Pelas tardes de brincadeiras e pelas lágrimas em grupo. Obrigada pelas memórias que jamais esquecerei. Obrigada pela eternidade na fração do segundo. Eu amo vocês, meus presentes, meus amigos!

18 de julho de 2011

Quem nunca viveu esse cotidiano?

Encostar a pélvis na pia e sair com a calça molhada.
Colocar uma colher embaixo da torneira enquanto lava a louça e espirrar um monte de água.
Nada esquentar seu pé em um dia frio.
Cortar o cabelo e se arrepender.
Apostar em algo que todo mundo sabe que você vai perder, mas você acha que vai ganhar.
Lavar a mão e escorrer um fio de água por dentro da blusa de manga comprida.
Não ter papel higiênico no banheiro.
Não ter uma toalha pra enxugar as mãos.
Ler um livro massa de final péssimo.
Comprar uma coisa do Paraguai e ela estragar em duas semanas.
Fazer miojo e esquecer ele no fogo e ficar que nem papa.
Esquecer os óculos em qualquer lugar.
Entrar em desespero achando que perdeu dinheiro e ele estava no seu bolso o tempo todo.
Procurar meias na gaveta não achar, chamar sua mãe e ela dizer: "Tá aqui ó"
Todo mundo sair lindo em uma foto menos você.
Seus dedos ficarem bêbados e você digitar tudo errado.
Escrever uma coisa na agenda e esquecer desta coisa mesmo assim.
E outras mil coisas que vocês dirão nos comentários porque eu não me lembro de mais nada, rs.

14 de julho de 2011

Entre Perguntas e Respostas

Pergunto coisas pra ninguém responder
E me explico antes de perguntarem os por quês
Pergunto coisas que só eu sei responder
E respondo a situações que só eu me interessei
Só eu percebi ou que apenas eu compreendi
Depois de um vinho amargo seco e morno
Eu já nem sei mais o que convém
Só continuo perguntando e respondendo
Tudo aquilo que me vem
Eu vivo a sede da resposta
Quanto mais respondo mais perguntas tem
E quando resposta falha tarda e não calha
Eu vou à crença que me abstém

11 de julho de 2011

Sortie...


"E eu já não procuro as respostas. Não procuro a dor que lateja ou o coração que palpita. Eu corro atrás dos momentos. Aqueles que me levam o fôlego e me deixam lívida. Me deixo levar pela gargalhada que se propaga no calor da roda, pela canção doce e leve que me faz voar, tento andar no ritmo do que me faz viver.
Faço de minhas palavras o sentimento contado. Crio minhas histórias com esperança de que você, meu amigo, possa saber mais sobre mim. Meus versos são tudo que tenho, são tudo que poderei doar. E mesmo que eu não alcance os corações mundanos, ainda assim, no momento mais doloroso, o planeta continuará sua rotação. E eu, que já não tenho motivos para sentir ou bons argumentos para modificar, vou saber que em algum lugar alguém olha o dia com meus olhos, indaga com meus pensamentos e sente com meu coração. E é por esse momento que eu continuo a caminhar."


7 de julho de 2011

Por Essa Vibe

Sinceramente eu e minha parceira de blog Lorena estamos numa vibe de publicar coisas sobre fazer as coisas antes que 2012 chegue e o mundo acabe, rs. Então eu sei que a maioria já viu a Banda Mais Bonita da Cidade em algum lugar, mas eu preciso mostrar o que eu chamo de diversão. Serão 3 vídeos da Banda Mais Bonita da Cidade para ilustrar isso, e nos links para esta postagem terá o myspace da banda para que todos possam ouvir!



6 de julho de 2011

Epitáfio


"Tenha medo de pelo menos duas coisas
Pois medo não é ausência de coragem
É a audácia de conviver com o desconhecido.
Brinque. Acorde a criança dentro de você

Nós não sabemos quando ela não despertará mais.

Não espere que ninguém segure sua barra.
A vida dá voltas e não se sabe quem estará ao seu lado para sempre.
Tenha um amigo para quem você contará tudo

Pois sabe que ele irá te dar apoio ou te acordará para a vida.
Conte uma piada sem graça.
Pare para olhar uma flor, uma criança brincando ou uma borboleta. Desfrute desse momento, lembre da pureza dos detalhes e siga seu rumo.
Mas não se esqueça nunca do brilho de cada uma das coisas que viu.
Tente manter o equilíbrio.
Amar em excesso causa marcas inesquecíveis.
Amar de menos causa descrença.
Guarde as cartinhas da juventude.
Lembre das coisas boas...
Esqueça as ruins, e me ensine.
Ajude alguém, mesmo que não conheça.
Sorria para um estranho e olhe para trás quando se cruzarem.
Abrace a pessoa amada como se fosse a última vez que o faria.
Surpreenda.
Cante uma canção para se libertar. Ou grite se preferir.
Dê carinho a um cão e observe os olhos brilhantes.

Chore. Mas não se deixe levar pelas dores do passado.
Arrume seu quarto ouvindo música alta.
Escreva alguma coisa. Mesmo que beire a incoerência.

Se arrume sem motivo, só para si.
Passe um dia inteiro só de pijamas.

Coma pipoca no sofá, assistindo a um filme realmente engraçado.

Não se esqueça dos problemas do mundo, mas não faça da sua vida mais um impecílio.
Ouça uma música que te lembre alguém.
Telefone para dizer que sentiu saudades.

Peça desculpas por algo que realmente sente muito.

Jogue bola até cair exausto, sabendo que no outro dia terá dores em todo o corpo
Mas lembre das gargalhadas e da alegria compartilhada.
Olhe a lua e o céu estrelado. Faça um pedido.
Agradeça pela vida.

Tenha uma lista de coisas para fazer.

Tente cumprir os itens.
Conte para alguém.
E não se arrependa dos erros da vida, nem das memórias

Sejam elas boas ou más.
Viva por mim, por você ou por todos nós.
E, por favor, nunca beba, mate ou traia.
Mas se for para beber, que seja para comemorar a vida.
Se for para matar, que seja a saudade.
Mas se for para trair, traia a morte.
Pois eu não aguentaria o mundo sem você."

5 de julho de 2011

Cotidiano de Francisco Buarque de Holanda







Chico não foi só um artista revolucionário da ditadura militar, Chico foi um observador do Cotidiano. De todo e qualquer cotidiano, mas principalmente de um cotidiano que não pertencia a ele. Chico apesar de ter uma família grande seu pai não tinha a menor dificuldade de sustenta-los. Era uma família abastada e Chico desde sempre escreveu muito sobre a periferia. E mais do que isso ele incorporava os esteriótipos que observava e conseguia escrever como uma verdadeira mulher sofredora por amor, e como um trabalhador que sua a camisa das 5 as 5 só parando pro almoço, e sabe muito bem escrever sobre aqueles que sofriam com o Cotidiano Humano comum da época. 


Aqui vão algumas músicas do meu querido Chico para que possam ter a prova do que acabei de escrever:
A vida de alguém que faz tudo como se não houvesse amanhã.                             





 Minha História: A breve história de um cidadão comum que teve mãe solteira e sofreu a vida toda.
 
 Trocando em Miúdos: Uma mulher que vai embora, pois não quer mais sofrer.





















Postagem por Ingrid Stein

4 de julho de 2011

Diversão. Tem sido algo mais corriqueiro do que de costume no meu cotidiano. Diversão regada a álcool. Moderado claro, mas que nos deixa com um gosto de uva na boca, uma dor de cabeça no dia seguinte e ainda uma vontade de fazer tudo de novo. Esses dias observei como as pessoas ao meu redor tem a dificuldade de se divertir. Então eu me entreguei a festa e me deixei levar, mas lógico não deixei de observar. Notei que são as coisas mais vulgares e minusculas que nos fazem rir. E são os momentos onde esquecemos do nosso cotidiano onde o mendigo passa fome ou o mundo fica sem água que nos lembramos que há vida a ser vivida e temos que fazer uma diferença maior do que qualquer diferença política ou ecológica, temos que fazer a diferença nos corações. E isso só acontece de três formas, ou amando, e/ou divertindo ou entristecendo corações. E vamos convir que a ultima opção não é muito relacionada a diversão. E a primeira opção não temos muito escolha perante a ela, amamos quem amamos e simplesmente isso. Agora a diversão, basta uma piada de conotação sexual, ou que tire sarro da própria pessoa, basta uma musica e um sorriso, basta um convidar a dançar quando não há musica, basta um cantarolar no meio da rua, basta uma pessoa de férias a uma hora da manhã escrevendo sobre a diversão e se divertindo com isso. Temos que urgentemente nos divertir mais, nos doar mais a vida, a vida bonita, e ver que ainda existem folhar verdes nos galhos da árvore. Pois é algo bíblico "Deus ama quem dá com alegria" (entendam como queiram). 

27 de junho de 2011

Uma Analise a Tom Drummond

Sempre visito um site chamado Musicoteca em busca de músicas e artistas novos para apreciar e analisar suas obras. Há alguns dias eu estava fuçando no site e vi um grupo chamado "Comparsas da Vivenda" e em baixo da descrição da banda havia um vídeo caseiro que me chamou muito atenção. O vídeo era da música "Bento" que postei alguns dias atras. Mas o que me chamou a atenção não foi a banda e sim o compositor de "Bento", esse se chama Tom Drummond. Procurei no youtube um pouco mais sobre o cantor e compositor e encontrei musicas que tratam do cotidiano. E mais do que isso, encontrei musicas de pouca esperança, de criticas e de desesperos populares que me doeram quando ouvi. Vamos aos exemplos:


Sarah é uma musica que se trata de uma sequencia de versos que tentam explicar uma menina que o mundo não tem cura, e que nós aqui que moramos nele vivemos em uma mentira achando que tudo está bom.

Seu Santo se trata da vida sofrida de um trabalhador que vê como tudo não está a favor da vida e dessa forma ele pede ao santo para ajuda-lo e para tardar sua morte para que seus filhos não sofram o que ele sofreu.


Essa é a mais cruel e rotineira dos jornais da morte que podemos ver por ai. Um ladrão, uma prostituta que sofreu abuso, um drogado e uma pessoa doente. Todos tem em comum a morte por perto e uma vida desgraçada. E ainda por cima conseguem cantar os sofreres que passaram.

E ai será que tudo isso faz mesmo parte do cotidiano humano. Será que não podemos mudar isso? Eu espero que a nossa consciência nos de poder para mudar tudo isso que essas tristes musicas bonitas falam.

25 de junho de 2011

Dom Quixote, O príncipe e Brás Cubas


Dediquei as últimas duas semanas a análise de algumas obras literárias. Confesso que fiquei espantada ao perceber que uma espada e um chapéu de papelão, um monarca bondoso e umas memórias póstumas têm mais relações do que eu poderia imaginar. Venho observando nas multidões, grupos de amigos ou apenas em meu próprio meio social, tentando encontrar um resquício de esperança e luta, um começo de revolução a favor do bem. Não estou dizendo que não encontrei. Paciência, leitor. Isso é só o começo.
Quando eu tinhas meus 12 anos li Dom Quixote pela primeira vez. Fiquei impressionada com a astúcia de um cavaleiro sem nome, com tal vontade de ajudar que se deixava andar pelos quatro cantos do mundo em busca de lutas, acompanhado por seu fiel escudeiro (que não passava de seu vizinho). Hoje, após ler novamente a obra, descobri o que Dom Quixote queria me mostrar. Ele era conhecido por louco, só porque acreditava nos contos literários e tinha fé que o bem venceria o mal. Dom Quixote não era louco. Ele era o mais inteligente de todos. Ele sabia até onde nós chegaríamos.
Li também O Idiota, de Dostoievski. O príncipe fiel e bondoso sendo apedrejado por ajudar aos outros. E pensar que o personagem era quase um retrato do autor. Uma mente brilhante, que sabia articular planos perfeitamente (apesar das crises de epilepsia), mas que era conhecido como "O idiota" devido a sua fama de pessoa humilde e sem autoridade. Já dizia nosso bom amigo Maquiavel: "Melhor ser temido do que amado". Mas volto a dizer-lhe, caro amigo, o príncipe era também a peça mais importante desse jogo, não só por ser o herói literário, mas sim, pois era ele quem manipulava os cavalos e reis do tabuleiro.
Creio que Brás Cubas é o mais familiar aos ouvidos do que qualquer outro. Com sua inteligência magnífica Machado de Assis soube articular uma obra que não pode ser chamada nem de romance, nem de obra realista. O personagem proporciona uma viagem durante sua vida. Para muitos com tom pitoresco, para uns poucos, uma tragicomédia. Uma vida de acomodações e sonos pesados, que finda com delírios e reencontros. O fim perfeito: a lucidez e vontade de lutar, mesmo após sua morte. As memórias são póstumas. Mas não são vistas da mesma forma. Já dizia Brás Cubas: "O menino é pai do homem".
Não tenho a pretensão de ofertar-lhe mais uma dúvida sem explicar a conclusão, meu amigo. Ao observar tudo isso separadamente, encontrei a relação que mantém a todos unidos pelo fio do presente. Procurei incessantemente os Quixotes, os Príncipes e os Cubas. Encontrei alguns perdidos. Esses deixaram-me perceber que ainda existem muitos destes meus heróis literatos. Mas outros mostraram-me que ter esperança é fácil, mas lutar pelo bem é o mais difícil. Por quê? Simples. Saber que existe a guerra é fácil, deixar a rotina por um segundo e plantar uma flor é perda de tempo. Ler nos jornais que mais uma criança foi estuprada e se apiedar, é fácil. Ler, encarar os fatos e tentar fazer a diferença com a disseminação do bem, isso é empenho demais. Ver uma biblioteca vazia e cada vez mais e mais pessoas ignorantes no mundo, isso é fácil. Mas ler, escrever e tentar mostrar o facínio da literatura, isso é coisa para estranhos. Ver um ônibus lotado e pessoas idosas de pé, é fácil. Dar o lugar e sorrir sem tentar justificar, isso é loucura.
Você pode achar que minhas conclusões são precipitadas, meu caro leitor. Mas deve concordar comigo quando digo que todos esses meus heróis podem até existir no mundo, mas não se deixam arriscar o conforto para usar seus poderes de bem. Seja Dom Quixote, O Príncipe ou Brás Cubas. Seja Alice, João ou Maria. Seja a moça da padaria, a menina da praça ou seu pai. Seja eu, você ou ele. Vamos escrever nossa história com o suor tirado das nossas batalhas, sem se importar com fulano ou seclano. Vamos salvar com um sorriso e apoiar com um ombro amigo. Pois no fim das contas, na fuga dos Quixotes, nos delírios dos Príncipes ou na morte dos Cubas, seremos pessoas que lutaram pelo bem e não se arrependem dos minutos a mais. Saberemos o valor de nossas memórias, que não foram póstumas, mas que deixaram como marca a gota de água no incêndio da rotina. E o mais importante: nunca perderam a esperança e a vontade de fazer sua parte.

23 de junho de 2011

Para pais e mães do Cotidiano

Eu nunca almejei ser mãe, sempre pensei, se acontecer será bem vindo, se não tudo bem. Mas eu estava a cavocar nas entranhas do youtube e encontre isso e dedico aos pais e mães que leem este blog.

17 de junho de 2011

Lotérica

A uns dias atrás fui a lotérica e aproveitei a situação de que haviam 15 pessoas na minha frente na fila para observar.  Primeiro eu reparei que a lotérica tem 5 caixas e só 3 estavam atendendo, mas como poderiam estar com falta de funcionários descartei a hipótese de reclamar disso. O problema que avistei foi quando eu reparei na fila preferencial. A fila que deveria ser menor para um atendimento mais rápido e eficaz estava maior do que a outra fila. E se já não bastasse isso, haviam 3 pessoas na fila preferencial que não tinham preferencia. Elas estavam com crianças no colo, e na placa onde dizem as prioridades exite a seguinte informação: “Caixa Exclusivo para Idoso, Gestantes, Deficientes Físicos, Pessoas com crianças DE COLO e Jogos”. Crianças de colo não são crianças no colo. Crianças de colo são aquelas que não andam, crianças no colo é qualquer pessoa até 10 anos de idade no colo de alguém. Pois bem, na fila preferencial só haviam crianças no colo. Lá fui eu reclamar sobre uma causa que teoricamente nem é minha, chamei a “gerente” e disse: “Minha senhora tem 24 pessoas nessa fila 3 delas não tem direito de usar este caixa” a mulher me olhou estranho e perguntou o porque, eu calmamente disse “crianças de colo, não são crianças no colo, essas crianças andam e não precisam ficar no colo de seus pais fazendo eles se cansaram, então eles deveriam estar na fila que não é preferencial”. Ao ouvirem minha reclamação , sem pestanejar os seres com crianças no colo colocaram seus filhos no chão e se dirigiram para a minha fila, e felizmente justiça foi feita!